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O hábito de fumar está profundamente enraizado na cultura europeia. Mesmo com políticas antitabagismo e campanhas de conscientização, cerca de 19% da população adulta na Europa ainda fuma regularmente. Em países como Bulgária e Grécia, essas taxas chegam a ser mais elevadas, enquanto na Suécia, onde as políticas de saúde pública são mais rigorosas, a prevalência é significativamente menor.
Em 2024, o tabagismo continua sendo responsável por 700 mil mortes anuais na Europa, uma das maiores causas evitáveis de morte.
O fumo na Europa tem uma longa história, associado tanto à vida social quanto à aceitação cultural. Muitos europeus ainda enxergam o ato de fumar como parte de um estilo de vida, especialmente em ambientes como cafés e restaurantes ao ar livre, algo que foi sendo reprimido em outros continentes, como nas Américas.
Os brasileiros e o choque cultural
Para os brasileiros que vivem na Europa, o choque cultural em relação ao tabagismo é evidente. No Brasil, as leis antitabagismo são rígidas e o controle sobre o uso de cigarros em espaços públicos fechados é severo. A maior parte dos brasileiros que chegam à Europa fica surpresa com a quantidade de fumantes e com a permissividade em relação ao uso de cigarros em espaços abertos e até em áreas que são proibidas no Brasil.
Muitos relatam que acabam se adaptando ao ambiente, especialmente em ocasiões sociais onde fumar é comum, como festas, cafés e encontros ao ar livre.
Por outro lado, brasileiros que já têm uma postura mais crítica em relação ao cigarro mantêm a resistência ao tabagismo, mesmo com a maior aceitação social. Isso é particularmente evidente em jovens adultos que vieram de um Brasil com campanhas educativas mais rigorosas, destacando os malefícios do tabaco.
O impacto do cigarro na saúde europeia
Em 2024, o impacto do cigarro na saúde europeia continua sendo alarmante. O tabagismo é um dos maiores causadores de doenças respiratórias crônicas, câncer de pulmão e doenças cardiovasculares. No Reino Unido, por exemplo, 11,6% da população adulta ainda fuma, representando uma queda significativa em comparação com as taxas do início dos anos 2000.
No entanto, a mortalidade atribuída ao cigarro ainda é alta, e o tabaco continua sendo um fator preponderante para o agravamento de condições crônicas de saúde.
A União Europeia, por sua vez, tem implementado campanhas constantes de conscientização e regulamentações para desincentivar o uso do cigarro, como a proibição de fumar em lugares públicos fechados e aumentos significativos nos impostos sobre produtos de tabaco.
Mesmo assim, o impacto cultural do cigarro ainda é um desafio a ser superado.
Um olhar para o futuro
Apesar dos avanços nas políticas de saúde pública e das constantes campanhas contra o tabagismo, o hábito de fumar continua arraigado na sociedade europeia, especialmente em países com fortes tradições sociais que envolvem o cigarro.
Para os brasileiros, viver em um ambiente onde o cigarro é amplamente aceito pode representar tanto uma influência negativa quanto uma reafirmação de seus hábitos mais saudáveis trazidos de casa. A conscientização sobre os malefícios do cigarro, no entanto, continua a crescer, e o diálogo sobre saúde pública é essencial para o combate ao tabagismo.
Conclusão do Ta Na Europa!
O cigarro faz parte da história e da cultura de muitos países europeus, e para os brasileiros que vivem ou visitam o continente, o contato com essa realidade pode gerar tanto uma adaptação quanto uma reafirmação de seus próprios valores sobre o tabagismo.
Embora os esforços da União Europeia para reduzir o número de fumantes estejam em andamento, o hábito permanece forte em muitos países. A conscientização pública e as políticas de saúde serão fundamentais para moldar o futuro dessa prática.
Tabaco é a principal causa evitável de morte na Europa