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Como os pickpockets surgiram na Europa e como ainda fazem vítimas nas cidades mais turísticas?

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A prática dos pickpockets, ou “batedores de carteira”, já faz parte da história europeia há séculos, surgindo com mais força durante o século XVIII, tanto na Inglaterra quanto na França. Essas duas grandes potências da época viram o crescimento da urbanização e, com ela, a ascensão de pequenos crimes nas ruas movimentadas de Londres e Paris.

Mas você já parou para pensar como essa prática nasceu e como ela ainda persiste até os dias atuais?

No século XVIII, a Europa vivia um período de intensas transformações sociais e econômicas. As grandes cidades, em especial Londres e Paris, tornaram-se centros urbanos lotados, onde as diferenças entre ricos e pobres eram visíveis a cada esquina.

Foi nesse cenário que os primeiros pickpockets se destacaram, aproveitando a movimentação intensa nas ruas e mercados. Com as pessoas cada vez mais aglomeradas, os furtos em bolsos e bolsas tornaram-se comuns. O termo “pickpocket” começou a se popularizar na língua inglesa, significando literalmente “roubador de bolsos”.

Esses criminosos, no entanto, não eram meros ladrões. Eles se tornaram uma figura quase mítica na cultura europeia. Personagens como Fagin, da obra “Oliver Twist” de Charles Dickens, ajudaram a eternizar a imagem dos pickpockets como mestres na arte do furto, muitas vezes operando em gangues organizadas.

E não era à toa: a habilidade desses criminosos em roubar sem que a vítima percebesse era quase uma forma de arte, e suas táticas refinadas conquistaram uma posição curiosa na cultura popular.

A Era Moderna e a Persistência dos Pickpockets

Agora, viajando alguns séculos à frente, chegamos aos dias atuais. O que muitas pessoas não percebem é que os pickpockets continuam em ação, principalmente nas cidades mais turísticas da Europa.

Enquanto a tecnologia transformou a maneira como viajamos e nos comunicamos, algumas coisas nunca mudam — e o oportunismo dos pickpockets é uma delas.

Roma, em 2024, figura como a cidade com mais ocorrências de furtos na Europa, com o Trevi Fountain sendo o ponto mais perigoso para turistas, seguido pelo Coliseu e o Panteão.

Esses locais atraem milhões de turistas anualmente, o que oferece o ambiente perfeito para a ação dos ladrões, que operam em grandes aglomerações. Além de Roma, outras cidades italianas, como Milão, com a icônica Catedral de Duomo, e Florença, com a Gallerie Degli Uffizi, também são destinos com alta incidência de furtos.

Paris, outra cidade europeia muito visitada, ocupa a segunda posição no ranking de furtos em 2024. A Torre Eiffel continua a ser o principal local de ação dos pickpockets, mas também há relatos frequentes em áreas como o Museu do Louvre, o Arc de Triomphe e a Catedral de Notre-Dame.

A expectativa é de que, com a realização dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, a movimentação de turistas aumente ainda mais, tornando esses pontos turísticos locais de risco elevado para furtos.

Barcelona, com sua movimentada avenida Las Ramblas, também é um dos principais focos de furtos na Europa. Embora não atinja os mesmos níveis que Roma e Paris, a cidade é amplamente reconhecida como um destino onde os turistas devem redobrar a atenção, principalmente em áreas como a Sagrada Família e o bairro Gótico.

A Evolução das Táticas e as Dicas de Segurança

Se antes os batedores de carteira contavam apenas com a agilidade de suas mãos e sua habilidade de se misturar à multidão, hoje eles adaptaram suas táticas para enfrentar os desafios modernos. Alguns pickpockets agora utilizam dispositivos eletrônicos para roubar dados de cartões de crédito sem contato. Outros adotaram disfarces, como se misturarem aos próprios guias turísticos ou funcionários de atrações.

E, como sempre, o melhor antídoto contra esses furtos é a prevenção. Saber onde e como esses ladrões operam é essencial para se proteger. Algumas dicas úteis para evitar ser uma vítima incluem:

  1. Mantenha seus pertences sempre à vista: Bolsas e mochilas devem estar sempre à sua frente, e nunca em locais de fácil acesso para os ladrões.
  2. Utilize carteiras antifurto: Existem carteiras com bloqueio RFID, que evitam que dispositivos eletrônicos leiam os dados dos seus cartões.
  3. Evite multidões excessivas: Em locais muito lotados, como estações de metrô e grandes atrações turísticas, redobre a atenção.
  4. Discrição é a chave: Evite exibir grandes quantidades de dinheiro ou equipamentos caros, como câmeras e celulares de última geração, pois eles atraem a atenção dos pickpockets.

O Futuro dos Pickpockets na Era Digital

Com o avanço da tecnologia, muitos poderiam pensar que a era dos pickpockets estaria com os dias contados. Afinal, pagamentos digitais e o uso de smartphones para transações poderiam reduzir a quantidade de dinheiro físico que as pessoas carregam. Porém, a realidade é que os batedores de carteira continuam evoluindo e encontrando novas formas de explorar as vulnerabilidades das pessoas.

Além disso, o aumento no turismo em cidades europeias, principalmente após a reabertura de fronteiras pós-pandemia, tem mantido as ruas dessas capitais movimentadas, o que gera novas oportunidades para esses criminosos. A presença de turistas, muitas vezes distraídos e focados em suas experiências de viagem, cria o ambiente ideal para que os pickpockets continuem a atuar.

Conclusão do Ta Na Europa!

Concluímos, então, que a história dos pickpockets é mais do que apenas um registro curioso do passado europeu. Trata-se de um fenômeno que evoluiu com o tempo, e que ainda se faz presente no cotidiano de muitas cidades, especialmente as mais turísticas. Portanto, ao planejar sua próxima viagem, lembre-se dessas dicas e fique atento. Afinal, a história pode até ser antiga, mas os riscos continuam tão atuais quanto nunca.

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Antonio Joaquim de Godoy

Sou Antonio, criador do Ta Na Europa!, nascido no interior de São Paulo. Desde 2019, vivo na Europa, onde descubro e compartilho minhas paixões por viagens. Neste blog, trago curiosidades, informações e minha perspectiva sobre este continente fascinante.

Antonio Joaquim de Godoy

Sou Antonio, criador do Ta Na Europa!, nascido no interior de São Paulo. Desde 2019, vivo na Europa, onde descubro e compartilho minhas paixões por viagens. Neste blog, trago curiosidades, informações e minha perspectiva sobre este continente fascinante.

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